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SOBRE

A incapacidade humana de estudar a natureza com um todo e montar um quadro único de seu “modo de ser”, gerou na ciência muitas subdivisões, ou disciplinas em uma mesma área do conhecimento. No caso da Hidrologia, o estudo dos diferentes meios e dos diferentes processos nela inseridos, motivou também subdivisões, dada a impossibilidade de conhecermos de modo único e em sua totalidade, a complexa realidade da água no meio natural. Ademais, com o surgimento de técnicas espaciais especialmente a partir dos anos 70, a possibilidade de se fazer o sensoriamento de modo remoto motivou um processo de releitura de muitas ciências, dentre as quais a Hidrologia. A incorporação de métodos de sensoriamento remoto na sistemática observacional hidrológica permite hoje cunhar um novo termo que induz a uma nova disciplina: a Hidrologia Espacial.

A Hidrologia espacial tem ainda limitações de uso, mas seu desenvolvimento tem sido muito rápido em muitas regiões do globo, utilizadas como áreas teste. Uma dessas regiões muito visada pelas grandes dimensões de seus cursos d’água é a Amazônia. No entanto, as maiores iniciativas na região Amazônica têm sido externas à região (notadamente nos Estados Unidos e na França). Assim é que o presente projeto pretende se associar a essas iniciativas internacionais e criar uma iniciativa própria, Amazônica, com a participação de diversas entidades nacionais e da região interessadas em desenvolver o uso desta tecnologia. O Projeto de Iniciativa de Hidrologia Espacial na Amazônia (IHESA) quer ser uma rede de entidades (UFAM, UEA, INPA, IRD, ANA e SIPAM), que juntas pretendem estudar aplicações para as diferentes técnicas de sensoriamento remoto, no tema água, em suas diferentes áreas de atuação. Tal iniciativa se direciona no sentido de melhorar e complementar a atual sistemática de monitoramento hidrológico da Amazônia. IHESA quer também, permitir a elaboração de programas pilotos que possam ser utilizados por entidades governamentais (ANA e SIPAM) no monitoramento e na modelagem dos complexos processos hidrológicos existentes na Bacia Amazônica, que controlam, por exemplo, a ocorrência de eventos extremos (secas e cheias) que têm se tornado mais frequente nos últimos anos.

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